Imagine uma sala de aula onde cada estudante é desafiado a colocar a mão na massa, transformando suas ideias em realidade… Foi exatamente isso que promovemos nas aulas da Oficina de Robótica com as turmas do PEC, nosso Programa Integral Bilíngue. Foi lá que a construção de jogos de tabuleiro se tornou um verdadeiro laboratório de aprendizagem, além de uma atividade divertida, esse projeto trouxe à tona o conceito de ensino com significado, no qual cada etapa do processo educativo é relevante e conectada com a vida dos alunos.
Criar um jogo de tabuleiro vai além de cortar papelão ou colar peças; é um processo que envolve pesquisa, planejamento, resolução de problemas e reflexão sobre regras e mecânicas. Isso significa que os estudantes são chamados a aplicar conhecimentos de diferentes áreas, como matemática, arte, e até mesmo programação, enquanto desenvolvem um produto que faz sentido para eles. A aprendizagem deixa de ser passiva e torna-se ativa, centrada no estudante, o verdadeiro protagonista do processo educacional.
E é bem aqui que a autonomia entra em cena. Ao construir seus próprios jogos, os estudantes precisam tomar decisões importantes: que tipo de jogo querem criar, quais serão as regras, como garantir que todos os componentes funcionem harmoniosamente. Eles experimentam, erram, ajustam, e aprendem com cada passo do processo. Essa autonomia é essencial, porque ensina que o conhecimento não é algo que se recebe do professor, mas algo que se constrói por meio de exploração, tentativa e descoberta.
A fabricação digital, com o uso de máquinas de corte a laser e impressoras 3D, potencializa ainda mais essa experiência. Essas tecnologias permitem que as ideias dos estudantes ganhem forma de maneira precisa e eficiente. Por exemplo, se uma peça do jogo precisa ser redesenhada para melhorar a dinâmica ou a jogabilidade, os alunos podem modelá-la digitalmente, fazer ajustes rápidos e recriá-la na impressora 3D. Esse tipo de interação com a tecnologia desenvolve o pensamento computacional e a capacidade de iterar, desenvolver uma ideia, testar uma versão inicial, analisar os resultados, fazer ajustes e, então, criar uma versão melhorada. É um ciclo contínuo de tentativa, reflexão e refinamento que leva à melhoria constante de um projeto ou solução, competências valiosas no século XXI.
A construção de jogos de tabuleiro também fortalece a aprendizagem colaborativa. Durante as aulas, observamos que os alunos trabalham em seus próprios projetos, e também ajudam e inspiram uns aos outros. As trocas de ideias, as soluções criativas encontradas em conjunto e o feedback contínuo são parte fundamental da experiência. Dessa forma, além de promover habilidades acadêmicas, esse projeto contribuiu para o desenvolvimento de competências socioemocionais, como empatia, comunicação e trabalho em equipe.
E tudo isso acontece em um ambiente onde o erro não é motivo de frustração, mas uma oportunidade de aprender e evoluir. A fabricação digital dá aos alunos a liberdade de experimentar sem medo, pois qualquer falha pode ser corrigida, qualquer peça pode ser redesenhada, e qualquer ideia pode ser aprimorada. Eles vivenciam o ciclo do design thinking, no qual o processo de pensar, criar, testar e melhorar é contínuo.
Confira abaixo alguns momentos dessa jornada criativa, desde os primeiros esboços no papel aos jogos prontos, cheios de personalidade e inovação. Aqui, no Espaço Maker do Ábaco, os limites são apenas o ponto de partida para a imaginação!
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